15 dezembro 2009

Ceias de Natal e Ano Novo

As festas do final do ano não precisam ser uma cilada para quem precisa manter ou perder peso. É possível participar das comemorações sem ficar passando vontade, basta lembrar de uma palavrinha: moderação, porque na verdade não existem alimentos que engordam, o que engorda é comer em excesso.

Para ajudar na escolha, a seguir falaremos sobre alguns alimentos que costumam freqüentar a ceia dos brasileiros.

Nozes, castanhas, avelãs, são ricas em gordura, porém essa gordura é insaturada e o coração agradece. Além disso são ricas em magnésio, fósforo, selênio, zinco, vitamina E niacina e outras vitaminas do complexo B. Só devemos tomar cuidado com a quantidade de calorias, uma porção de 30 gramas dessas oleaginosas possui aproximadamente 200 calorias, ou seja, melhor ficar com apenas uma porção para garantir saúde sem contar com o aumento de peso.

Chester, Peru, Fiesta, são carnes magras que fornecem proteína de alto valor biológico, mas também devem ser consumidas com moderação, afinal, no prato da ceia vão outros alimentos também, e lembre-se de retirar a pele das aves antes de comer.
A lentilha tão esquecida na mesa do brasileiro durante a maior parte do ano é boa fonte de vitaminas do complexo B, ferro, potássio, zinco e outros minerais essenciais ao organismo. Além disso, é rica em fibras, importante para o bom funcionamento do intestino.

Frutas frescas como cerejas, uvas e ameixas são ricas em água, fibras, vitaminas (especialmente a vitamina C) e minerais além de possuírem boa quantidade de antioxidantes que auxiliam na prevenção de certas doenças, além de retardarem o envelhecimento. O ideal é consumir 5 porções de frutas diariamente.

Muito cuidado com a rabanada, esse é o tipo de alimento que a gente só pode se dar ao luxo de comer apenas um, devido ao alto valor calórico: apenas uma fatia rende aproximadamente 250 calorias.

O importante é tomar cuidado com a compulsão, procure montar um prato colorido e variado, pegue um pouquinho de cada alimento, coma devagar, mastigue bem e lembre-se que as ceias de Natal e Ano Novo não são eventos para comer até não agüentar mais, mas sim ocasiões para confraternizar com as pessoas que você ama.

08 dezembro 2009

Hipertensão arterial

foto by http://www.flickr.com/photos/canoafurada/

A mudança de alguns hábitos alimentares pode prevenir o aumento da pressão arterial ou até mesmo contribuir para que a mesma se mantenha controlada.
Para aquelas pessoas que estão acima do peso a primeira medida é procurar perder os quilos em excesso, pois o excesso de peso tem uma relação direta com o aumento da pressão arterial nas pessoas com propensão à hipertensão.
Diminua a quantidade de sal no preparo dos alimentos, procure utilizar ervas frescas no preparo para que fiquem saborosos e você não sinta tanta falta do sal. Utilize suco de laranja ou limão para dar um toque especial aos grelhados. Não adicione sal à comida já preparada, abandone o uso do saleiro à mesa.
Frutas e verduras cruas são ricas em potássio. Abuse do consumo desses alimentos.
Dê preferência a alimentos naturais, muitos produtos industrializados são ricos em sódio. Evite embutidos como linguiça, salame, presunto etc.; conservas; molhos prontos; temperos industrializados. Evite também o consumo de bebidas alcoólicas.
Prefira queijos com pouco sal e baixa quantidade de gordura como o cottage ou a ricota; leite ou iogurte desnatados.
Existem também no mercado os sais dietéticos que podem ser utilizados como substitutos do sal comum, mas não abuse do consumo e se tiver doença renal ou utilizar suplementos de potássio converse com seu médico antes.
A hipertensão arterial não tem cura, mas é um problema que pode ser controlado, seu controle contribui muito para a qualidade de vida e medidas simples como essas são eficazes para garantir esse controle.

29 novembro 2009

Publicidade de alimentos

Por que é necessário regulamentar a publicidade de alimentos
por Carlos Augusto Monteiro e Inês Rugani Ribeiro de Castro
25/11/2009

Especialistas em saúde e nutrição admitem que o rápido crescimento mundial do consumo de alimentos processados, amparado em sofisticadas estratégias de marketing desenvolvidas pelas indústrias multinacionais que controlam o setor, é uma das causas importantes da epidemia global de obesidade, diabetes e outras doenças crônicas que, na atualidade, não poupa sequer crianças e adolescentes (1). Em resposta a esse reconhecimento, vários países têm adotado, ou estudam adotar, medidas legais para limitar a publicidade de alimentos, seja proibindo a propaganda de determinados produtos considerados não saudáveis, seja restringindo o horário e o local de sua veiculação, ou, ainda, proibindo inteiramente qualquer publicidade dirigida a crianças (2). Após considerar as evidências sobre a natureza, a extensão e os efeitos da publicidade de alimentos dirigida a crianças,(3) a Organização Mundial de Saúde (OMS) preparou um conjunto de recomendações para orientar os governos nacionais na regulamentação dessa atividade. As recomendações serão discutidas por todos os países ao longo deste ano e submetidas à votação em 2010 na Assembleia Mundial de Saúde.

Ainda de forma insuficiente, até mesmo as indústrias de alimentos tem se movimentado no sentido de limitar a publicidade de seus produtos. Em 2007, por exemplo, onze das maiores transnacionais do setor, incluindo Coca-Cola, PepsiCo, Nestlé, Danone, Kellogg’s, Kraft, Unilever e Burger King, comprometeram-se com a União Europeia a não fazer propaganda para crianças menores de 12 anos [“exceto quando o produto atender determinados critérios nutricionais”] e a não se engajar em comunicações comerciais com escolas primárias [“exceto para propósitos educacionais, quando solicitada pelos administradores das escolas ou com a aquiescência desses”] (4).


Embora sejam muitos os indícios de que a publicidade de alimentos processados deverá ser regulamentada em futuro próximo na maioria dos países, à semelhança do que já ocorre com produtos criados para substituir o leite materno e com bebidas alcoólicas e tabaco, ainda há aqueles que, por diferentes razões, resistem ou mesmo se opõem a essa medida, seja por temerem prejuízos financeiros, ou por discordarem de toda e qualquer regulamentação do setor privado, acreditando que mais cedo ou mais tarde o próprio mercado resolverá a questão.

Existem, também, os que se opõem à regulamentação por julgarem ainda controversa a relação entre alimentos processados e saúde, ou que são contrários porque acreditam que o problema poderia ser combatido de forma mais eficiente educando-se os consumidores. Outros, enfim, veem na restrição a alimentos processados a expressão de um preconceito contra o progresso tecnológico. Este artigo pretende aprofundar a reflexão desses argumentos de forma a mostrar o quão é imprescindível que a publicidade de alimentos se submeta a algum tipo de regulamentação.

O primeiro elemento que trazemos para a discussão se refere ao equívoco de tratar alimentos industrializados como um grupo homogêneo no que se refere à saúde humana. Alimentos cujo processamento envolve limpeza, remoção de partes não comestíveis, fracionamento, pasteurização, redução de conteúdo de gordura, refrigeração, congelamento, desidratação ou procedimentos similares conservam grande parte das propriedades nutricionais do alimento original, além de aumentarem sua disponibilidade e, por vezes, sua segurança. Alimentos de alto valor nutricional como carnes, leite, cereais, leguminosas, e mesmo frutas e hortaliças são submetidos usualmente a algum processamento industrial mínimo antes de serem adquiridos e consumidos pelos indivíduos. Alimentos altamente processados como óleos vegetais, farinhas e açúcar, embora não conservem as propriedades nutricionais dos alimentos integrais que lhes deram origem, não são consumidos isoladamente pelos indivíduos. Ao contrário, são ingredientes culinários que facilitam a pre-paração de refeições feitas à base de alimentos integrais não processados ou minimamente processados (5).

O foco da regulamentação da publicidade de alimentos está no grupo de alimentos altamente processados que são disponibilizados prontos (ou quase prontos) para o consumo. A essa categoria de alimentos, produzidos majoritariamente por empresas transnacionais, pertencem produtos panificados, biscoitos, bolos, sorvetes, gelatinas, “barras de cereal”, doces em geral, embutidos, molhos, “macarrão instantâneo”, sopas desidratadas, batata chips e similares, refrige-rantes e bebidas adoçadas em geral, entre tantos outros (5).


A matéria-prima típica desses alimentos, aqui denominados ultraprocessados, são ingredientes já processados e de baixo valor nutricional — como óleos, gorduras, farinhas, amido, açúcar e sal — acrescidos de conservantes, estabilizantes, flavorizantes e corantes. Em face de sua condição de alimentos prontos, é comum que sejam consumidos isoladamente ou acompanhados de outros alimentos do mesmo grupo: por exemplo, pães e embutidos, biscoitos e refrigerantes. Outros atributos dos alimentos ultraprocessados, responsáveis por sua natureza intrinsecamente não saudável, são expostos a seguir.

Alimentos ultraprocessados tendem a apresentar concentrações de gordura, açúcar e sal excessivas e prejudiciais à saúde. Essa condição foi comprovada por recente estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) sobre a composição nutricional de 30 alimentos industrializados amplamente consumidos pela população brasileira, particularmente por crianças e adolescentes. O estudo demonstrou que “bolinhos” e “salgadinhos” apresentavam conteúdo de açúcar, gorduras e sal que excedia em várias vezes o máximo recomendado para uma alimentação equilibrada e saudável (1). Uma única porção de alguns desses alimentos continha quase todo o sal, açúcar ou gordura saturada que uma criança poderia consumir ao longo de todo o dia. Além disso, a composição nutricional informada pela indústria nas embalagens dos produtos nem sempre era fiel ao conteúdo. Mais ainda: sua publicidade envolvia procedimentos condenáveis e já não praticados pelas mesmas indústrias multinacionais em outros países, tais como o emprego de personagens famosos do universo infantil e a presença de “bichinhos” e outros brindes nas embalagens (6).

O conteúdo excessivo de açúcar, gorduras e sal não é a única característica nociva à saúde dos alimentos ultraprocessados. Esses alimentos tendem a apresentar também alta densidade energética (grande quantidade de calorias por volume de alimento) e escassez de fibras, características que, comprovadamente, aumentam o risco de obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e mesmo de certos tipos de câncer (1;7). Importa notar que tanto o excesso de açúcar, gorduras e sal quanto a alta densidade energética e a falta de fibras são atributos intrínsecos dos alimentos ultraprocessados na medida em que decorrem da natureza dos seus ingredientes (produtos altamente refinados, em particular açúcar e gordura vegetal) e da necessidade de obter alimentos a um só tempo prontos para consumo e com grande prazo de validade (5).

Diante da composição nutricional tipicamente não saudável, as indústrias desses alimentos têm respondido com o lançamento de versões chamadas light, distantes de constituir uma solução. Além de serem mais caros, com frequência apenas mudam a natureza do problema. Por exemplo, o excesso de gordura é trocado por excesso de açúcar e vice-versa. Outras vezes, apresentam conteúdo de sódio ou de gordura inferior ao da versão original do produto, mas ainda assim excessivo. Há ainda variedades de alimentos ultraprocessados adicionadas de vitaminas e minerais, que não anulam os atributos não saudáveis desses alimentos, mas que podem induzir o consumidor a pensar que sim.

Tanto versões tradicionais quanto versões light dos alimentos ultraprocessados não são perecíveis (como frutas e hortaliças) e não demandam preparação ou cozimento (como grãos e carnes). Essas duas características justificam os termos convenience foods ou fast-foods usualmente empregados para denominá-los. Ocorre que a “conveniência” e a “rapidez” propiciadas por esses alimentos acabam por favorecer padrões de alimentação (substituir refeições principais por lanches, comer fazendo outras coisas, comer sem fome) que podem comprometer a capacidade de o organismo humano “reconhecer” a ingestão de calorias e regular o balanço energético. Esse efeito adverso adicional é, novamente, intrínseco à natureza dos alimentos ultraprocessados. Porções gigantes, comuns no caso da oferta de alguns alimentos ultraprocessados, e dietas com elevada participação de “calorias líquidas”, propiciadas pelo consumo frequente de refrigerantes e bebidas adoçadas em geral, podem igualmente comprometer o balanço de energia, havendo evidências de que aumentem efetivamente o risco de obesidade (8;9).

Alimentos ultraprocessados são produtos que parecem únicos ao consumidor. Nessa medida, comportam o registro de marcas, essencial para viabilizar estratégias de marketing de largo alcance. Essa condição, aliada ao reduzido custo de matérias-primas e à possibilidade quase infinita de criação e recriação de novos produtos em escala global, explica por que os investimentos em marketing das empresas transnacionais de alimentos estão concentrados em
alimentos ultraprocessados. Investimentos milionários em marketing, com procedimentos não éticos como os encontrados no estudo do Idec, ajudam a entender por que o consumo desses alimentos é, infelizmente, o que mais cresce no Brasil e, de modo geral, em todo o mundo.

Marketing para baixa renda: Uma estratégia de marketing recente, adotada com grande sucesso por transnacionais de alimentos, envolve o desenvolvimento de ultraprocessados especialmente destinados a consumidores de baixa renda de países emergentes, ou popularly positioned products, na linguagem da empresa líder do setor. Essa estratégia inclui a fortificação com vitaminas e minerais de produtos como biscoitos, macarrão instantâneo, sopas desidratadas e bebidas lácteas, a comercialização desses alimentos em “embalagens econômicas” (por exemplo, pacotes de biscoitos com três ou quatro unidades), a criação de novos canais de comercialização (como a venda porta a porta ou em centros comunitários) e a utilização de vendedores recrutados na própria comunidade (10).

O crescimento mundial da produção e consumo de alimentos ultraprocessados tem gerado impactos desfavoráveis em dois outros âmbitos cruciais para as sociedades humanas: o ambiente físico e a cultura. No primeiro caso, em função de que os métodos envolvidos na produção, embalagem, armazenamento e transporte desses produtos implicam consumo de energia e de água, geração de poluentes e impacto sobre o aquecimento do planeta muito maiores do que os observados com os alimentos tradicionais. No segundo caso, devido à homogeneização dos repertórios alimentares, ao abandono de rituais no preparo e partilha de refeições e à desvalorização do comer e do cozinhar como práticas sociais carregadas de simbolismo, significado, história e identidade coletiva. Obras recentes examinam em detalhe os efeitos que a globalização da alimentação tem exercido sobre o ambiente (11) e sobre as culturas alimentares tradicionais (12).

O crescimento do setor de alimentos industrializados pron-tos para consumo é amplamente confirmado no Brasil pelas pesquisas de orçamento familiar do IBGE. Estudo que comparou pesquisas realizadas em 1995/6 e 2002/3 indica aumentos de 100 a 200% na participação de produtos como biscoitos, embutidos e refrigerantes e redução sistemática na fatia correspondente a alimentos tradicionais como feijão, arroz, leite, frutas e verduras (13). Entretanto, a participação de alimentos ultraprocessados na dieta brasileira ainda é muito inferior à encontrada em países desenvolvidos e mesmo em outros países em desenvolvimento, onde a cultura alimentar fast-food já predomina amplamente sobre a cultura alimentar tradicional. Isso evidencia o potencial de expansão que a indústria de alimentos tem no Brasil, ao mesmo tempo em que aponta para a necessidade e a urgência da intervenção pública.

A experiência internacional mostra que apenas informar as pessoas não é suficiente para frear o crescimento da cultura alimentar fast-food. Essa estratégia se mostrou totalmente ineficaz nos países desenvolvidos. Claro que a ação pública tampouco deve se restringir a limitar a publicidade dos alimentos não saudáveis. Opções alimentares saudáveis precisam ser simultaneamente incentivadas, apoiadas e protegidas.

Campanhas públicas que forneçam informações corretas sobre alimentação e saúde e que esclareçam os vínculos existentes entre opções alimentares, ambiente e cultura certamente incentivarão os indivíduos a dar preferência a alimentos frescos ou minimamente processados. Entretanto, a concretização dessa preferência ocorrerá de forma maciça apenas se a opção por esses alimentos for apoiada e protegida. O apoio a opções saudáveis de alimentação dependerá essencialmente de políticas fiscais e de abastecimento que aumentem o acesso da população a alimentos frescos ou minimamente processados. Embora não sejam as únicas alternativas para a proteção de opções saudáveis de alimentação, leis e regulamentações que diminuam a exposição da população ao marketing de alimentos industrializados prontos para consumo são imprescindíveis.

Desde novembro de 2006, o Brasil dispõe de um excelente instrumento regulatório que limitaria eficazmente a publicidade de alimentos não saudáveis. Esse instrumento, elaborado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre outras providências, proíbe qualquer publicidade no meio escolar de produtos alimentícios com alto teor de açúcar, sal ou gorduras não saudáveis, interdita o uso de personagens infantis e a distribuição de brindes, restringe ao horário noturno a exibição de peças publicitárias daqueles produtos no rádio e na televisão e obriga o uso de frases de advertência como já ocorre com a propaganda de medicamentos(14).

Restrição aprovada durante consulta pública, promovida pela Anvisa entre novembro de 2006 e março de 2007, o instrumento de regulamentação recebeu apoio e sugestões de aperfeiçoamento de sociedades científicas, de associações profissionais, de organizações de consumidores e da sociedade civil em geral, mas foi duramente criticado por representantes da indústria de alimentos e do setor de empresas de publicidade, sob o argumento principal de que feria a liberdade de expressão comercial dos anunciantes. Em 20 de agosto último, a Anvisa promoveu a audiência pública final necessária para a aprovação do texto legal que passou a regulamentar a publicidade de alimentos no Brasil. Houve, novamente, apoio maciço da sociedade civil e oposição ferrenha dos representantes da indústria de alimentos e do setor de empresas de publicidade. Cinco dias após, as filiais brasileiras das maiores transnacionais do setor de alimentos prontos para consumo decidiram estender para o Brasil o compromisso de redução de publicidade dirigida a crianças que assumiram com os países europeus em 2007. Compromissos já tímidos na Europa, foram ainda mais enfraquecidos no Brasil: a restrição da publicidade só valerá para “inserções publicitárias em televisão, rádio, mídia impressa ou internet que tenham 50% ou mais de audiência constituída por crianças de menos de 12 anos” e a não realização de promoções comerciais em escolas, a exemplo das inserções publicitárias, só valerá para produtos que atendam critérios que “serão adotados específica e individualmente pelas empresas signatárias”. No Brasil, os compromissos envolvem ainda a inserção no “material publicitário e promocional” das empresas de mensagens que estimulem “a adoção de alimentação balanceada e/ou a realização de atividades físicas”, estratégia de marketing usada há bastante tempo pelas indústrias na tentativa de associar sua marca e seus produtos com saúde e bem-estar.

Carlos Augusto Monteiro é professor titular do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP e membro da Academia Brasileira de Ciências e Inês Rugani Ribeiro de Castro é professora adjunta do Instituto de Nutrição da Uerj e coordenadora do GT Alimentação e Nutrição da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.

* Esse artigo foi originalmente publicado na revista Ciência e Cultura -http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v61n4/20.pdf

Referências Bibliográficas

- 1. World Health Organization. Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases. Report of a Joint WHO/FAO Expert Consultation. [WHO Technical Report Series 916]. Geneva: WHO, 2003.
- 2. Hawkes C. Marketing food to children: changes in the global regulatory environment
2004-2006. Geneva: WHO, 2007. Disponível em www.who.int/dietphysicalactivity/regulatory_environment_CHawkes07.pdf (acesso em 19/08/2009).
- 3. World Health Organization. Marketing of food and non-alcoholic beverages to children: report of a WHO forum and technical meeting, Oslo, Norway, 2-5 May 2006. Geneva: WHO, 2006. www.who.int/dietphysicalactivity/publications/Oslo%20meeting%20layout%2027%20NOVEMBER.pdf (acesso em 19/08/2009).
- 4. EU Pledge. Food and drink companies pledge to change advertising to children. www.eu-pledge.eu/press.php?id=1 (acesso em 19/08/2009).
- 5. Monteiro C.A. “Nutrition and health. The issue is not food, nor nutrients, so much as processing”. Invited Commentary. Public Health Nutrition 2009; 12 (5): 729-731.
- 6. Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. "Além da conta". Revista do Idec, Fevereiro 2009. p. 16-21. Disponível em www.idec.org.br/rev_idec_texto2.asp?pagina=1&ordem=1&id=962 (acesso em 19/08/2009).
- 7. World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research (2009). Policy and action for cancer prevention. food, nutrition, and physical activity: a global perspective. Washington, DC: AICR.
- 8. Kelly, M.T. e outros. “Associations between the portion sizes of food groups consumed and measures of adiposity in the British National Diet and Nutrition Survey”. British Journal of Nutrition 2009; 101: 1413-1420.
- 9. Ludwig, D.S., Peterson, K.E., Gortmaker, S.L.. “Relation between consumption of sugar-sweetened drinks and childhood obesity: a prospective, observation analysis”. Lancet 2001; 357: 505-508.
- 10. Nestlé S.A. Creating Shared Value Report 2008, pp 60-69. Disponível em www.nestle.com/Resource.axd?Id=10E71FF5-1D5C-461E-8199-5B6B6386A3CE.
- 11. Roberts, P.. O fm dos alimentos. São Paulo, Editora Campus/Elsevier, 2008.
- 12. Contreras Hernández, J., Gracia Arnáiz, M. Alimentación y cultura: perspectivas
antropológicas. Barcelona: Editora Ariel, 2005.
- 13. Levy-Costa, R.B. e outros. “Disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil: distribuição e evolução (1974-2003)”. Revista de Saúde Pública 2005; 39: 530-40.
- 14. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Consulta Pública nº 71, de 10 de novembro de 2006. D.O.U. de 13/11/2006. www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP%5B16556-1-0%5D.PDF (acesso em 19/08/2009).

Fonte:Site do Instituto Alana(www.alana.org.br)

24 novembro 2009

Fibras

As fibras não devem faltar no cardápio de quem pretende manter uma alimentação saudável e prevenir o aparecimento de algumas doenças como por exemplo o diabetes tipo dois, pois a falta habitual de fibras na dieta, aliada ao alto consumo de carboidratos refinados parece aumentar o risco do desenvolvimento dessa doença.
Existem na verdade dois tipos de fibras: as solúveis e as insolúveis. As solúveis agem na diminuição da absorção de colesterol, auxiliando assim na prevenção de doenças cardiovasculares. Retardam também a absorção da glicose. São encontradas em: frutas, vegetais, aveia, feijões, soja, etc.
Já as insolúveis são grandes aliadas na prevenção e no tratamento da obstipação intestinal, mais conhecida como prisão de ventre. Elas atuam acelerando os movimentos peristálticos intestinais e consequentemente aceleram o trânsito do bolo fecal através do intestino, diminuindo assim a exposição do cólon a agentes que provocam câncer. São encontradas nos alimentos de origem vegetal como frutas (de preferência com casca), vegetais (principalmente os folhosos, como a couve), grãos como grão de bico, soja, etc.
Atuam também como auxiliares em regimes de emagrecimento, pois promovem a sensação de saciedade, e não são digeridas pelo nosso organismo, não contribuindo para o aumento de peso.
A recomendação diária de fibras é de 25 a 30 gramas, e essa quantidade pode ser alcançada consumindo vegetais crus e cozidos, arroz de preferência integral, feijões ou soja, no almoço e jantar e uma fruta em cada refeição e lanche realizado, e o consumo de pão integral nos lanches também é aconselhado.
Para que possam cumprir seu papel no organismo, é necessário ingerir água suficiente, uma média de 2 litros de água por dia, caso contrário poderá ocorrer a constipação intestinal.
E então? Depois de saber isso tudo, que tal incluir mais fibras na sua dieta? Comece hoje mesmo e mantenha sua saúde protegida!!

16 novembro 2009

Livros de receitas - Mesa Brasil

Essa dica eu acho bem bacana: o Mesa Brasil do Sesc de SP está disponibilizando 2 livros de receitas para download. São receitas bem bacanas que ensinam a utilizar o alimento de forma integral, com cascas, talos, folhas.
Já falei sobre esse assunto no blog, portanto não vou ficar me repetindo, mas eu acho que vale a pena dar uma olhada, porque além do valor nutritivo e do uso consciente do alimento, evitando o desperdício, há também a questão do sabor, tem umas receitas que são realmente muito saborosas.
E para aqueles que ainda relutam em usar partes normalmente desprezadas dos alimentos, vai uma dica para começar: batatas fritas com casca. Não dá pra fazer sempre porque é fritura, mas fica uma delícia, a casca fica bem crocante, só é preciso lavar muito bem as batatas com uma escovinha, especialmente se não forem orgânicas, devido à contaminação por agrotóxicos.

http://www.sescsp.org.br/sesc/mesabrasilsp/receitas/index.cfm

29 outubro 2009

Frutas oleaginosas


Muito consumidas na época do natal, as frutas oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, avelãs, etc) não costumam freqüentar a mesa da maioria dos brasileiros no restante do ano, o que é uma pena, pois são riquíssimas em nutrientes importantes para o organismo. São uma boa fonte de proteínas vegetais, essenciais para a regeneração celular, e apesar de seu alto valor calórico, suas gorduras só fazem bem ao coração, além disso, também são ricas em substâncias antioxidantes que ajudam a reduzir os danos que os radicais livres provocam nas células. Apenas uma única castanha do pará, possui a quantidade diária recomendada de selênio, um dos mais importantes antioxidantes da dieta.

Nozes, avelãs e amêndoas possuem uma grande quantidade de vitamina E, outro importante antioxidante e aliado do coração, além de serem boas fontes de potássio, magnésio e vitaminas do complexo B. O ideal é sempre variar o consumo, ou fazer um mix dessas frutas oleaginosas, para garantir o aporte de nutrientes diversos.
Podem ser consumidas como lanche ou ainda aparecer nas principais refeições, como incremento de saladas, dando um toque todo especial às mesmas.

Até mesmo aqueles que estão em dietas de emagrecimento podem se valer dos benefícios das oleaginosas, o único porém para estas pessoas é a quantidade ingerida. Uma pequena porção que caiba na palma da mão entreaberta, já é o suficiente para fornecer os nutrientes necessários para um bom funcionamento do organismo sem comprometer a silhueta.

18 outubro 2009

Tempos Modernos


Hoje em dia, estamos sempre correndo, não temos tempo para nada, que dirá nos dedicarmos à nossa alimentação, à nossa saúde. Alimentação balanceada e atividade física regular parecem supérfluos diante de tantos itens mais importantes na nossa vida. Mas, um dia o corpo cobra a conta, e alimentação adequada e exercícios podem não bastar para reverter os estragos causados por uma vida desregrada, sendo necessário recorrer a medicamentos.
É importante que as pessoas percebam que o tempo gasto em promoção à saúde é investimento, e que a frase: “ Você é o que você come”., reflete a realidade.
É muito mais fácil ir ao mercado e encher o carrinho de produtos industrializados, preparados com excesso de açúcar, sódio ou gorduras em muitos casos, e quase sempre com a presença de conservantes e corantes.
Fazer lista de compras, ir ao mercado, escolher os alimentos, prepará-los, tudo isso dá trabalho sim, mas também pode dar prazer, e saborear uma refeição que você sabe que é saudável e foi feita por você, compensa o tempo dispendido na elaboração da mesma. Vamos tentar?

17 outubro 2009

TPM - Alimentos podem ajudar?


Irritabilidade, cansaço, depressão, cefaléia, dores nas mamas, enfim, existe uma série de sintomas que estão associados com a famosa Tensão pré-menstrual, mas esses parecem ser os mais relatados pela grande maioria das mulheres (especialmente irritabilidade....hehehe)
Não há um consenso sobre as causas da TPM, mas ela parece estar diretamente relacionada com as flutuações hormonais do ciclo menstrual, já que não atinge meninas na pré-puberdade e nem mulheres na menopausa.
O tratamento farmacológico deve ser tentado quando outras terapias não tiverem surtido efeito, mas terapias de relaxamento, prática regular de atividade física e alimentação adequada costumam trazer bons resultados.
Mulheres que sofrem com a TPM parecem ter níveis de serotonina (neurotransmissor responsável pela sensação de bem estar) mais baixos, e a serotonina é produzida a partir do aminoácido triptofano que pode ser encontrado em grande quantidade no leite e seus derivados, na banana, nas carnes, peixes, tâmaras, nozes, leguminosas (feijões, lentilha, soja), entre outros.
A vitamina B6 (Piridoxina) também participa na produção de serotonina e pode ser encontrada nos cereais integrais, na banana, na aveia, na batata, no germe de trigo, na carne de porco e nas vísceras, principalmente o fígado.
O Ácido fólico é outra vitamina que participa na formação da serotonina. São consideradas boas fontes de ácido fólico: brócolis, espinafre, leguminosas, laranja, fígado bovino e gema de ovo.
O magnésio também participa na atividade da serotonina e de outros neurotrasnmissores. Os vegetais folhosos são as melhores fontes de magnésio, seguidos por legumes, produtos marinhos, nozes, cereais e derivados do leite.
O consumo de carboidratos também estimula a conversão do triptofano em serotonina, talvez por esse motivo, muitas mulheres sintam uma maior vontade de consumir carboidratos durante o período pré-menstrual, mas deve-se priorizar o consumo de carboidratos provenientes de alimentos integrais, pois estes auxiliarão no bom funcionamento do intestino, fato que também contribui para melhora dos sintomas da TPM.
Existem diversos estudos que relacionam a deficiência de cálcio com os sintomas da TPM, como o leite e seus derivados são ricos tanto em triptofano quanto em cálcio, uma boa estratégia é aumentar o consumo desses alimentos nessa fase.
De resto, diminuir o consumo de sal e alimentos ricos em sódio como embutidos, conservas, temperos industrializados, salgadinhos, caldos concentrados, catchup, mostarda, glutamato monossódico, ciclamato de sódio (adoçante), ajudará a diminuir a retenção de líquidos.
É aconselhável também aumentar o consumo de frutas e verduras, ricas em fibras, água, vitaminas, minerais e substâncias antioxidantes, que são aquelas que combatem os radicais livres auxiliando o bom funcionamento de todo o organismo e inclusive retardando o envelhecimento celular (taí um bom argumento....).

12 outubro 2009

Desmame


O leite materno é sem dúvida o melhor e mais completo alimento para os bebês e deve ser oferecido exclusivamente até os seis meses de idade e complementar a alimentação da criança até os dois anos ou mais, porém, a partir dos seis meses, é necessário iniciar a introdução de alimentos sólidos, o chamado desmame.
Essa fase é crucial para garantir bons hábitos alimentares no futuro, como o de apreciar verduras, frutas e legumes, por exemplo. Esse período também contribui para a criança treinar a mastigação, e para isso, os alimentos devem ser amassados com o garfo, ao invés de batidos no liquidificador. No começo, o bebê pode estranhar a textura do alimento, porém, é bom que ele se habitue a mastigar para desenvolver todas as estruturas da boca, o que contribuirá para o bom posicionamento dos dentes.
Pode-se começar a oferecer uma papa de fruta amassada com o garfo no lanche da manhã, entre a primeira mamada e o almoço. Ao oferecer sucos ou papa de frutas ao bebê não se deve adoçá-los, pois as frutas contêm açúcar naturalmente, mesmo que a fruta esteja meio azedinha, é importante permitir que a criança descubra os diversos sabores que existem. A água também deve ser ofertada constantemente em pequenas quantidades para habituar a criança a consumi-la.
Após alguns dias a mãe pode introduzir a papa de fruta também no lanche da tarde. O mesmo alimento deve ser oferecido por pelo menos três dias seguidos para que se possa observar se a criança desenvolve alguma reação alérgica ao mesmo, e só então é que um novo alimento é apresentado a ela.
Depois de umas duas ou três semanas já podemos começar com a papa salgada no almoço, iniciando com um legume, e aos poucos introduzindo outros alimentos ex: nos 3 primeiros dias cenoura, após isso, cenoura + arroz por outros 3 dias, depois cenoura + frango + arroz; cenoura + frango + arroz + agrião, e aos poucos vai sendo feita a substituição dos alimentos para a criança diversificar o paladar e não enjoar. A papa salgada deve ser temperada com sal, alho e cebola, mas em pequenas quantidades, para habituar a criança desde cedo a não ingerir muito sal, evitando assim futuros problemas de hipertensão arterial. Evite temperos industrializados, ricos em sódio e conservantes.
O óleo vegetal (soja, canola, etc.) também deve entrar na preparação com moderação. Lá pelo oitavo mês a papa salgada pode começar a ser oferecida no jantar, mas o leite materno deve continuar a ser ofertado de manhã, à tarde após a papinha e na ceia.
A partir dos 12 meses de idade aproximadamente, a criança já pode começar a se alimentar com a mesma refeição que a família, mas isso depende de cada criança, algumas perdem o interesse por papinhas antes dessa idade.
E lembre-se, papinhas industrializadas são apenas para uma emergência, como no caso de um passeio, não devem substituir as papinhas caseiras, que são muito mais saudáveis e saborosas.

09 outubro 2009

Leite Materno


O leite materno é o alimento perfeito para os bebês. Fornece os nutrientes necessários para o perfeito desenvolvimento das crianças nessa fase da vida, devendo ser oferecido exclusivamente, ou seja, nada de chás, sucos ou água até que a criança complete seis meses, e deve continuar a ser ofertado como complemento até os dois anos de vida ou mais, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde.

Oferece ao bebê proteção contra infecções (principalmente as gastrointestinais e respiratórias), alergias, obesidade, diabetes, má oclusão dentária, cáries, promove uma recuperação mais rápida nas enfermidades, além de fortalecer o vínculo mãe-filho.

Quanto às vantagens oferecidas à mãe, podemos enumerar várias, como por exemplo: ajuda o útero a voltar ao tamanho normal mais rapidamente, diminui o risco do aparecimento de câncer de mama e ovário, é um fator de proteção contra a anemia, ajuda a mulher a retornar ao peso normal e possui efeito anticoncepcional nos primeiros meses de gravidez (desde que a amamentação seja exclusiva e a mulher continue sem menstruar).

Economicamente também é vantajoso, pois evita gastos com leite, mamadeiras, gás de cozinha, água, além de ser muito prático, pois não demanda tempo de preparo.
Também é ecologicamente correto, pois não produz lixo decorrente de embalagens de leite, mamadeiras etc.

Infelizmente, muitas mães por desinformação, falta de apoio e falta de orientação dos profissionais de saúde, acabam optando pelo aleitamento artificial. É necessário desmistificar a idéia do leite fraco, tão disseminada entre várias mães que desistem de amamentar, pois cada mãe produz o leite ideal para seu filho.

05 outubro 2009

Abacate X Colesterol





Pelo alto teor de gorduras (aproximadamente 16g a cada 100g de polpa), o abacate é visto como alimento proibido para pessoas que necessitam diminuir os valores de colesterol e para pessoas que necessitam perder peso.
O que muitas pessoas desconhecem é que a maior parte da gordura do abacate é monoinsaturada, que é um tipo de gordura que não eleva os níveis de colesterol sanguíneo. Além disso, o abacate contém também fitonutrientes que auxiliam no combate à diversas doenças, como doenças cardiovasculares e câncer. São eles o β-sitosterol e a glutationa.
O β-sitosterol, é um fitoesterol, ou seja, uma substância de origem vegetal que possui uma estrutura muito parecida com o colesterol, e que age inibindo a absorção de colesterol no intestino e diminuindo a produção de colesterol no fígado. É rico também em glutationa, um poderoso antioxidante, que é uma substância que atua combatendo os radicais livres de oxigênio.
Outros importantes antioxidantes encontrados no abacate são a vitamina E e a vitamina C, além da vitamina A e de vitaminas do complexo B.
Estudos têm demonstrado a eficácia dessa fruta na diminuição do colesterol total e LDL colesterol, também conhecido como “colesterol ruim”. Portanto, seu consumo é mais do que indicado para pessoas que necessitem diminuir os níveis de colesterol, no entanto, seus efeitos só serão notados caso o consumo seja habitual, preferencialmente diário. Um consumo esporádico não trará mudanças nas taxas de colesterol sanguíneo.
Já quanto a seu consumo por pessoas que necessitem perder peso, ele também está indicado, pois a obesidade é um estado inflamatório crônico e as gorduras monoinsaturadas possuem propriedades anti-inflamatórias. Só é preciso ficar atento com relação às calorias, mas sabendo elaborar um cardápio equilibrado, o abacate pode fazer parte da rotina alimentar de qualquer pessoa.
Quanto às formas de consumi-lo são diversas as maneiras: com açúcar mascavo e aveia, com leite desnatado e açúcar mascavo, em saladas, como guacamole, como sopa etc., enfim, da maneira que a sua imaginação permitir.

29 setembro 2009

Desperdício não!!


Sobrou arroz do almoço? Que tal fazer bolinhos de arroz para o jantar? Ninguém agüenta mais olhar para aquela carne assada? Experimente fazer croquetes com ela, ou ainda recheio de tortas. Se as frutas estiverem muito maduras, use-as para fazer geléia, bolos, sucos etc.
Ao desperdiçar alimentos não temos apenas uma perda financeira, mas também de nutrientes, e não perdemos só nós, perde também o planeta, que despendeu energia para produzir aquele alimento.
O desperdício pode estar presente em qualquer etapa da produção de um alimento, como por exemplo, durante o transporte do mesmo, que se não for adequado pode ocasionar perdas.
Para o consumidor final o combate ao desperdício começa no momento da compra, pois ao planejá-la, evita-se que se compre alimentos que não serão consumidos e poderão acabar no lixo. Armazenar de forma correta o alimento também é uma forma de evitar o desperdício. Depois vem a etapa de preparação do alimento, onde se pode utilizar cascas, talos e folhas que usualmente são jogados fora, ou seja, utilizar o alimento integralmente. Planejar o quanto de alimento se coloca no prato também evita o desperdício.
O aproveitamento integral dos alimentos não deve ser encarado como uma medida para pessoas de baixa renda, é necessário se livrar desse preconceito e entender que partes que muitas vezes desprezamos como talos e folhas são especialmente ricos em nutrientes como vitaminas e minerais, além de fibras.
Que tal fazer o uso consciente dos alimentos? Para ajudar aqui vai uma receita fácil de preparar.


Bolinho de talos, folhas ou cascas


Ingredientes
• 1 xícara (chá) de talos, folhas ou cascas bem lavadas e
picadas
• 2 ovos
• 5 colheres (sopa) de farinha de trigo
• 1/2 cebola picada
• 2 colheres (sopa) de água
• sal a gosto
• óleo para fritar


Modo de Preparo
Bater bem o ovo e misturar o restante dos ingredientes.
Fritar os bolinhos às colheradas em óleo quente. Escorrer
em papel absorvente. Podem ser usados: talos de acelga,
couve, agrião, brócolis, couve-flor, folhas de cenoura,
beterraba, nabo, rabanete, ou cascas de chuchu.
OBS.: No caso dos talos da couve, couve-flor e brócolis
recomenda-se dar uma pré-fervura antes do preparo.
Aproveitar esta água do cozimento dos talos para outras
preparações (arroz, sopa etc.).